Notícia do Dia #2
Sempre figurando entre as listas de "melhores empresas para se trabalhar", a Google se tornou destaque esses dias por uma forma de recrutamento inustada: por meio de uma pesquisa em seu buscador. Quando um ex-cientista digitou "lista de funções de compreensão phyton lambda", automaticamente uma janela se abriu propondo um desafio. Você pode descobrir o final dessa história aqui.
É interessante notar que essa atitude que pode parecer tão "anormal" é típica da empresa e faz parte da sua filosofia "não convencional", que atrai o olhar de muitos. Lá, é possível trazer à tona a discussão sobre fatores de higiene e de motivação (segundo Herzberg), já que os benefícios tradicionais, como salários, planos de saúde, férias, entre outros, são oferecidos e tornam-se até corriqueiros, não sendo a principal fonte de motivação para o desejo de se trabalhar lá. Hoje, cada vez mais, esses pontos são vistos como de higiene para alguns e é preciso inovar para alcançar novas expectativas, criando boas relações de troca com os funcionários (uma vez que quanto melhor se sentirem no ambiente de trabalho, mais tempo passarão lá, com aumento de produtividade, pois sentem-se parte de algo maior).
Como apontado pelo próprio Vice-Presidente Sênior de RH do Google em entrevista a Bloomberg, "as pessoas não ficam pelo dinheiro". Os principais motivos seriam a qualidade das pessoas com quem trabalham, por isso, independente do cargo, o candidato é previamente apresentado a seu possível chefe, possíveis colegas e um comitê de contratação, e a sensação de que o trabalho é significativo, ou seja, dar aos funcionários um senso de propósito. Tais motivos traçam paralelos exatos com conceitos de teorias da motivação e da Psicologia da Adaptação, pois os dois pontos mencionados são essenciais para a qualidade de vida no trabalho.