Assédio sexual no ambiente de trabalho: vamos aos números...
Quando se fala de assédio em geral, pode-se observar de forma vertical, horizontal ou mista. O assédio vertical é praticado entre sujeitos de níveis hierárquicos diferentes, podendo ser descendente quando um superior age de forma a atingir seu subordinado, ou mesmo, ascendente, por mais que seja mais comum pensar na primeira opção. O assédio misto é quando os ataques vêm de "todos os lados".
No âmbito do assédio sexual especificamente, são duas as espécies: por chantagem ou intimidação. O que ocorre por chantagem se dá de forma vertical, uma vez que o superior ameaça tirar benefícios ou até mesmo o próprio emprego do subordinado, entre outras coisas, em troca de atividades sexuais. A intimidação se trata de investidas inoportunas, que gerem mal-estar e um ambiente hostil e ofensivo.
Como se pode imaginar, a maior parte dos assediados sexualemente é do sexo feminino. Talvez por isso, 72% das mulheres também sejam mais conscientes de práticas que podem ser vistas como assédio, contra 55% dos homens. 54% dos entrevistados na pesquisa experienciaram situações de assédio sexual no trabalho, sendo que 27% delas ocorreram por colegas de mesmo nível hierárquico em comparação aos 17% por superiores. 79% das vítimas são mulheres.
As quatro formas mais citadas foram: ser chamado por "apelidos" desagradáveis ou ofensivos (50%); alguém se aproximando ou se encostando repetidamente (43%); ter partes do corpo observadas (39%) ou tocadas (33%) pelos colegas; ouvir comentários sobre sua aparência física (35%).
Outros relatos bastante graves, que mostram como a situação é mais comum do que pensamos, podem ser vistas no infográfico abaixo: